BILHETE POSTAL
Por Eduardo Costa
Há detalhes que nos dão sinais para reflexão. Numa intervenção pública, um gestor revelou que solicitou ao filho de 12 anos uma ideia sobre o tema que ia falar. E fechou o seu discurso com a ideia que o filho lhe havia enviado. Observando a curta mensagem de três linhas, atentamos que o seu conteúdo refletia muito bem um pensamento bem alicerçado e notavelmente assertivo.
Dizemos com frequência que estas novas gerações são as mais bem preparadas da nossa história. Uma preparação que vai para além da escola. É alicerçada no que aprendem com o exemplo e ensinamentos dos pais. Também estes estão muito melhor preparados para educar.
Percebendo bem a importância dos pais saberem ser bons interlocutores e observadores da realidade que nos cerca.
Já não é desculpa dizermos que não compreendemos os ‘novos tempos’. Atirando assim para o etéreo a realidade de que somos nós que decidimos não acompanhar a evolução do mundo.
Perdemos, deste modo também, a possibilidade de acompanharmos as nossas crianças e jovens. Sentir-nos-emos impotentes e incapacitados para o dever de educar para o tal ‘mundo novo’. Não temos opção nem desculpa. Temos que acompanhar a evolução. Para educar bem.
É verdade que é um tempo de alterações constantes. O que obriga a uma aprendizagem contínua. Mas, é um interessante desafio. Diz quem sabe que isso nos faz muito bem. E dá muita satisfação saber que conseguimos cuidar melhor da formação das nossas crianças e jovens.
Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional