O distrito de Bragança está privado de comboio há 30 anos e o Plano Ferroviário Nacional (PFN) prevê apenas a criação de uma ligação de Bragança ao Porto para 2050.
O líder da IL encontrou-se com os membros e simpatizantes do partido num jantar marcado para as 20h00 no restaurante “Tasca do Zé Tuga”, em Bragança.
Rui Rocha começou com uma visita ao Museu Ferroviário, localizado na antiga estação de caminhos-de-ferro, onde se localiza atualmente a estação rodoviária. O presidente da IL participou no debate “Discutir a Ferrovia para Bragança”, que decorreu no Auditório Paulo Quintela, que teve como convidados João Cunha, engenheiro e especialista em transporte ferroviário que participou no desenvolvimento do Plano Ferroviário da IL, Luís Almeida, presidente da Associação Vale D’ouro, e Rui Mouta.
A Iniciativa Liberal requereu na semana passada, na Assembleia da República, um debate de urgência sobre “O Estado do Transporte Ferroviário em Portugal”, onde criticou a falta de investimento na ferrovia e defendeu que a solução para o serviço ferroviário é a concorrência e a concessão, a privatização ou a subconcessão da CP.
Na passada semana, a bancada IL apresentou também um projeto de lei no qual propõe que seja devolvido aos utentes de transportes ferroviários o valor do passe correspondente aos dias em que o serviço de transporte não é prestado, assim como um projeto que recomenda ao governo que proceda à revisão do Plano Ferroviário Nacional, considerando, entre outras alterações, a extensão da linha de Trás-os-Montes, de modo que esta tenha início no aeroporto Francisco Sá Carneiro e, em concordância com Espanha, se prolongue até Zamora, e a revisão das prioridades de investimento, de forma a prever com urgência o reposicionamento dos caminhos de ferro em Viseu, Vila Real e Bragança, capitais de distrito que não se encontram servidas por caminhos-de-ferro.
Os liberais consideram que o cenário nas infraestruturas ferroviárias é desolador e identificam um conjunto de problemas que afetam os portugueses. Nos primeiros dois meses do ano, entre CP e Infraestruturas de Portugal, tivemos 24 dias de greve; apenas 10% do Ferrovia 2020 foi cumprido nesta altura; a linha da Beira Alta está fechada desde abril de 2022 com previsão de nove meses de encerramento; a concretização da ligação Braga – Valença, prevista no Programa Nacional de Investimentos 2030, afigura-se impossível. Para 2026-2027 estava fixado que obras como as quadruplicações em Lisboa (Chelas – Braço de Prata) e Porto (Contumil – Ermesinde) ou a nova linha de Sines (em projeto desde 1973), há muito previstas, estivessem concluídas, mas até agora nada avançou.
As Rotas Liberais são eventos políticos promovidos pelo partido e pelos núcleos territoriais que contam com a presença do presidente da IL. A primeira Rota Liberal aconteceu em maio de 2022 no distrito de Braga. Desde esse momento, as Rotas Liberais já percorreram vários distritos e localidades do país: Leiria, Torres Vedras, Monção, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Viseu, Cascais e Açores (ilhas do Pico e Faial).