Greve dos funcionários judiciais de Bragança adiou leitura da sentença da morte do jovem cabo-verdiano

A greve dos funcionários judiciais do Tribunal de Bragança adiou a leitura do acórdão do caso Luís Giovani, o jovem cabo-verdiano aluno do Instituto Politécnico local, que morreu na sequência de uma rixa na rua, em dezembro de 2019, e pela sua morte estão acusados homens acusados em coautoria do crime de homicídio qualificado consumado.

Não houve funcionários judiciais disponíveis para acompanhar a leitura do acórdão. “Eu entendo a angústia dos arguidos, para nós também é complicado porque temos muitos processos”, explicou o presidente do coletivo de juízes, Filipe Delgado. Não ficou agendada nova data.

O jovem cabo-verdiano, com 21 anos, morreu no dia 31 de dezembro de 2019 num hospital do Porto onde estava internado há 10 dias sequência de um traumatismo crânio-encefálico.

Sete homens, com idades entre os 26 e os 40 anos, todos de Bragança são acusados em coautoria de um crime de homicídio qualificado, cuja vítima foi Luís Giovani, e três crimes de ofensas à integridade física sobre os amigos que o acompanhavam na madrugada de 21 de dezembro na altura que todos estiveram envolvidos numa rixa à saída de um bar em Bragança.

Giovani, que estudava no Instituto Politécnico foi encontrado sozinho caído na rua e levado para a Urgência do Hospital de Bragança, tendo sido transferido para um hospital de Santo António no Porto, em coma. Foi declarado morto 10 dias depois.