O Município de Bragança atribuiu, após a realização de um estudo socioeconómico aprofundado e a auscultação das instituições públicas com atuação no domínio social, oito fogos de habitação social municipal a agregados familiares em grave situação de vulnerabilidade e de emergência social e que assinaram, nos dias 4 e 8 de abril, os seus contratos de arrendamento, com a entrega das chaves dos respetivos imóveis.
Os oito contratos de arrendamento apoiado são, assim, celebrados após a conclusão de obras de beneficiação nos fogos de habitação social, num investimento global de 145 mil euros, permitindo o realojamento das 33 pessoas que compõem os oito agregados familiares no Bairro Social da Coxa, no Bairro Social da Mãe d’ Água e no Bairro Social da Previdência, concretizando, desta forma, um significativo momento de transformação social, nas difíceis trajetórias de vida atravessadas por estas famílias.
O Município de Bragança tem vindo a desenvolver permanentes esforços no âmbito da requalificação do seu parque de habitação social, em particular dos imóveis vagos nos bairros sociais.
Esta estratégia de reabilitação de fogos sociais tem como objetivo promover uma melhoria das condições de vida das famílias mais carenciadas do seu concelho, especialmente as que estão expostas a situações extremas de risco social e consideradas elegíveis a realojamento de emergência.
Apesar de uma forte aposta do município em medidas e programas de apoio ao acesso à habitação, como o Fundo Municipal de Apoio ao Arrendamento para Habitação, persistem situações de exceção e de evidente emergência social, devido a diferentes fatores, como doença crónica e/ou incapacidade, desemprego de longa duração, monoparentalidade, condições de insalubridade e más condições habitacionais, pobreza infantil e idosos com comorbilidades, entre outros, que devem ser atendidas de forma célere e de acordo com os imóveis disponíveis em habitação social municipal em cada momento.
Para além da vulnerabilidade no domínio da saúde, é importante referir que estas famílias subsistem com parcos recursos económicos, observados nos baixos valores das pensões (invalidez e velhice), das prestações sociais (Rendimento Social de Inserção, Prestação Social para Inclusão, Subsídio de Doença e Subsídio de Desemprego), bem como, na instabilidade laboral presente nestes agregados.
Fonte/Foto: CM Bragança